Quando se trata de pele, existe uma grande variedade de produtos que são benéficos e devem fazer parte da sua rotina de skincare. No entanto, embora manter os cuidados com a pele seja simples, é preciso muita atenção.
Isso porque existem dermocosméticos que não devem ser misturados para não causar efeitos indesejados na pele. Quando os ativos de skincare são combinados da forma correta, eles atuam em harmonia, entregando ótimos resultados.
Por outro lado, quando você combina os ingredientes errados, há risco dos efeitos serem anulados e até mesmo riscos de irritações na pele. O dermatologista, cofounder e CPO da Skelt e da Creamt, Luiz Romancini, concedeu uma entrevista exclusiva à Agência Gear SEO sobre o tema. Confira!
Quais dermocosméticos não podem ser combinados?
Os dermocosméticos que não podem ser combinados em hipótese alguma são:
- AHAs (glicólico, lático e mandélico);
- Retinol.
O retinol oferece benefícios como aumento de elastina e colágeno, renovação celular, redução de linhas de expressão e rugas, além de agir como um anti-idade, que combate imperfeições causadas por acne e pigmentação.
Já os AHAs trazem viço à pele, pois atuam na esfoliação química. Eles são solúveis em água e funcionam apenas na superfície da derme, sendo excelentes para peles secas e normais.
Ambos podem fazer parte da sua rotina noturna de cuidados com a pele, mas devem ser usados em noites alternadas, pois podem ressecar e até mesmo causar irritações.
Além desta, as seguintes combinações também não são recomendadas, seja pelo risco de irritações, lesões e manchas ou por um dermocosmético anular o efeito do outro:
- Vitamina C e Péptidos com Cobre;
- Ácido salicílico e AHAs (glicólico, lático e mandélico);
- Niacinamida e Vitamina C;
- Vitamina C e Retinóides;
- Retinol e Peróxido de Benzoíla;
- Alfa-hidroxiácidos (AHAs) e Retinóides;
- Beta-hidroxiácidos (BHAs) e Retinóides.
Produtos multifuncionais são melhores?
Agora que você já sabe quais dermocosméticos não podem ser combinados, vamos falar sobre os produtos multifuncionais que, de acordo com Romancini, estão em alta no mercado.
“Existem cada vez mais produtos multifuncionais com ingredientes que atendem diversas necessidades e têm vários efeitos”, afirma. No entanto, embora sejam alternativas interessantes para alguns consumidores, o dermatologista acredita em resultados.
“Os produtos devem ser pautados no resultado, e não necessariamente a combinação de muitos ingredientes é interessante, além do risco de alguma reação adversa ser maior”, disse ele.
Ou seja, o que determina se um produto é melhor que outro é o resultado que ele proporciona para a pele, não a composição. Além disso, os produtos multifuncionais representam mais riscos justamente por conterem mais ingredientes.
Pode passar protetor solar sobre o creme hidratante?
Sim. No entanto, é melhor aplicar primeiro o hidratante e depois o protetor solar, com exceção dos filtros químicos, que necessitam do contato com a pele para potencializar os resultados. Nesse caso, o correto é passar primeiro o protetor e depois o hidratante.
Quais cuidados tomar ao comprar produtos de skin care?
Segundo Luiz, é importante prestar atenção nas instruções de uso, no objetivo e na indicação do produto. Além disso, ele afirma que “a lista de ingredientes deve ser levada em consideração caso você tenha alguma hipersensibilidade a algum componente específico da formulação”.
“Quando há o desejo de iniciar o uso de mais de um cosmético novo, o ideal é fazer a introdução de um produto por vez, para minimizar a chance de reação adversa e também para possibilitar a identificação do agente causador”, recomenda.
Por esse motivo, sempre que comprar um dermocosmético novo, antes de usá-lo em todo o seu rosto, lembre-se de fazer o teste de alergia em uma região específica, como o pescoço, para evitar danos.
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