A regulamentação das apostas esportivas online está cada vez mais próxima de acontecer, com isso, o governo federal já revelou que tem pretensões de criar uma agência para averiguar casos de manipulação de resultados em jogos de futebol e provavelmente em outras modalidades esportivas.
O Governo pretende criar agência para monitorar manipulação de resultados em eventos esportivos. A criação desta suposta agência aconteceria junto à regulamentação do setor, principalmente neste momento em que têm acontecido investigações sobre manipulação de resultados em jogos da Série A e B do Campeonato Brasileiro de 2022.
Ao que se sabe, o Ministério da Fazenda, pasta comandada por Fernando Haddad, tem se empenhado no desenvolvimento de uma Medida Provisória para regulamentar os palpites em eventos esportivos.
Nela, existe a previsão de que as operadoras de apostas que quiserem continuar explorando esse mercado no Brasil precisarão manter uma sede no país, desembolsar R$ 30 milhões por uma licença válida por cinco anos e serão taxadas em 15% do Gross Gaming Revenue (GGR), que é o valor arrecadado pelas companhias menos a quantia paga em premiações aos apostadores.
Com isso, caso realmente saia do papel, a expectativa é de que esse setor contribua em até R$ 15 bilhões anualmente para os cofres públicos.
Vale destacar que, nos últimos anos, o mercado de palpites cresceu de forma assustadora no país, e atualmente 19 dos 20 clubes que disputam a Série A do Brasileirão são patrocinados por uma empresa que atua no setor.
Com isso, tem se tornado cada vez mais comum que os torcedores busquem sites de aposta com bonus de registro, que garantem ao usuário um saldo promocional logo que ele realiza seu cadastro em uma das plataformas selecionadas pelo sitedeapostasonline.net. Com esse saldo extra, o apostador pode diversificar seus pitacos gastando pouco, podendo utilizar diferentes estratégias para tentar alcançar o melhor resultado possível.
Investigação
Atualmente, a investigação sobre manipulação de resultados em partidas do Campeonato Brasileiro tem sido conduzida pelo Ministério Público de Goiás, que encontrou indícios de modificação de resultados tanto em jogos da Série B quanto da Série A do torneio nacional.
Pelo que foi revelado, os aliciadores procuravam os jogadores e chegavam a ofertar mais de R$ 100 mil para que eles tomassem certas atitudes nas partidas, como um cartão amarelo no primeiro tempo, fazer uma penalidade na segunda etapa, ou colocar a bola para linha de fundo propositalmente para inflar a quantidade de escanteios no jogo.
Dessa forma, a ideia do governo federal é, além de regulamentar as apostas esportivas online, também propor uma lei que permita estabelecer uma agência fiscalizadora para este setor. Provavelmente, a agência será vinculada ao Ministério da Fazenda, e poderá trabalhar em conjunto com o Ministério do Esporte.
Ademais, existe uma grande possibilidade que os valores arrecadados com a taxação dos pitacos sejam utilizados para bancar o funcionamento da agência.
Sendo que, atualmente, a CBF (Confederação Brasileira de Futebol) exerce um trabalho parecido, já que a entidade máxima do futebol nacional contratou a agência Sport Radar para vistoriar movimentações anormais nos sites de apostas e compará-los com lances suspeitos nas partidas.
Todos os dados coletados pela empresa já foram destinados para serem analisados pelo Supremo Tribunal de Justiça Desportiva (STJD).
Infelizmente, existe um consenso no STJD que o material enviado pela Sportradar são básicos, com isso, será difícil utilizá-los em uma investigação mais aprofundada.
Todavia, o trabalho conduzido pelos órgãos relacionados ao Ministério Público de Goiás deve levar os fatos averiguados para a esfera criminal, permitindo uma investigação mais criteriosa.
Dessa forma, a expectativa é que a criação de uma agência pelo governo para fiscalizar os esquemas de manipulação de resultados nos esportes iniba esse tipo de prática, garantido assim a lisura dos resultados nas diversas competições nacionais.