Falência de bancos, inflação e crises de produção representam desafios para economias de diferentes partes do mundo – incluindo a brasileira. Por isso, a economia mundial instável faz com que investidores olhem com mais atenção as criptomoedas.
Enquanto os tomadores de decisão tentam decidir o caminho a seguir ao longo dos próximos anos, os investidores estão em busca de novas oportunidades de investimentos.
No caso do Brasil, os títulos públicos parecem ter a maior atenção dos investidores que querem garantir mais de 10% de rentabilidade bruta para os seus ativos.
Com a alta na taxa de juros por parte do Comitê de Política Monetária (Copom), diversas pessoas decidiram investir em ativos atrelados à inflação ou à taxa de juros da economia brasileira.
Investidores mais arrojados, por sua vez, procuram ativos diferenciados para obter rendimentos acima da média do mercado.
Uma das opções que quem investe parece dar mais atenção recentemente é ao valor do Bitcoin e as oscilações em seu preço. Principalmente considerando o retrospecto no início de 2023.
Proteção contra a inflação
Uma das preocupações das autoridades monetárias em diferentes partes do mundo é a inflação.
No caso brasileiro, esse número felizmente não tem impactado tanto o dia a dia dos brasileiros no início de 2023. Porém, em outros países, a taxa inflacionária alcançou patamares que os governos não esperavam.
Em fevereiro de 2023, os Estados Unidos viram uma inflação de 6% em sua economia.
Esse valor está muito acima de inflações de países de terceiro mundo, incluindo o Brasil, onde a taxa ficou abaixo desse valor. Nesse momento, alguns investidores buscaram maneiras de se proteger dessas oscilações.
Foi então que as criptomoedas apareceram como uma alternativa. Vivendo muito de especulações, uma criptomoeda virou opção para quem quer evitar que a inflação acabe com seus rendimentos.
Com base em pesquisas, especialistas acreditam que Bitcoins, por exemplo, podem sim ser boas para proteção contra a inflação.
Uma das melhores abordagens para explicar porque uma criptomoeda pode ser interessante para proteção contra inflação é a de que esse ativo está marginalizado da economia mundial.
Diversos países ainda não aceitaram esse ativo como opção de pagamento, o que faz com que ele ainda tenha muito que crescer.
No entanto, por ele estar na margem da economia, isso faz com que uma criptomoeda sofra muito menos com oscilações inflacionárias do que outras moedas como dólares e reais brasileiros, por exemplo.
Boa alternativa para diversificar o portfólio
É investindo em criptomoedas que diversos investidores tentam diversificar seu portfólio.
Com ativos como ações e títulos públicos extremamente populares e responsáveis pela rentabilidade de diversos investidores, as Bitcoins e outras moedas digitais parecem servir como uma alternativa aos custosos fundos.
Um fundo multimercado, por exemplo, investe em opções que combinam diferentes categorias de opções.
Mas é comum encontrar ativos desse tipo que tenham taxas de performance ou administração. Isso faz com que seja custoso investir neles, quando comparado com opções que não têm esse tipo de custo adicional.
Nas criptomoedas, por exemplo, você não encontrará uma opção de investimento que tenha taxas incrivelmente elevadas, dependendo de qual carteira de ativos escolher.
Pois a ideia das moedas digitais é oferecer a possibilidade dos investidores comprarem um ativo sem pagarem taxas muito altas por isso.
Essa democratização da moeda é um dos princípios das criptomoedas e a ideia dos responsáveis pelos projetos que utilizam moedas digitais é que tudo seja ainda mais demotrático utilizando a tecnologia blockchain.
Enquanto as criptomoedas ganham popularidade, mais investidores procuram conhecer o seu funcionamento e aproveitar para tirar vantagem de um ativo que parece se fortalecer cada vez mais em diferentes economias pelo mundo, incluindo também a brasileira.